Independentemente do setor em que atua, todo empreendedor precisa se manter antenado às possibilidades de negócios, certo? Nessa constante busca por novidades, cresce cada vez mais o interesse por saber, de fato, o que é e-commerce.
Faz sentido, não é? Há muito tempo que os consumidores brasileiros são adeptos às compras online. Nos últimos 5 anos, o e-commerce brasileiro saiu de dois para três dígitos bilionários em faturamento. Veja na tabela abaixo:
2020 | R$87,4 bilhões |
2021 | R$161 bilhões |
2022 | R$169,6 bilhões (segundo a ABComm) ou R$262 bilhões (segundo a Nielsen) |
2023 | R$254,4 bilhões |
2024 | R$204,3 bilhões |
Mas para quem ainda está fora do mercado, o universo das vendas online acaba sendo confuso. Por isso, preparamos este conteúdo completo que explana bem o que é e-commerce. Você vai entender as operações que envolvem as vendas online e a importância do e-commerce multicanal — que coloca uma loja em múltiplos canais de venda, principalmente marketplaces.
“E-commerce” é a abreviação de “electronic commerce”, em inglês, que significa “comércio eletrônico”. Refere-se, basicamente, às transações de compra e venda realizadas pela internet. Toda plataforma, ferramenta ou ambiente digital que proporciona vendas online se encaixa em algum dos tipos de e-commerce.
Hoje em dia é possível comercializar praticamente de tudo pela internet. Veja alguns exemplos:
Os tipos de e-commerce são as diferentes modalidades digitais por onde clientes e lojistas realizam as transações. É muito limitante responder, quando alguém te perguntar o que é e-commerce, que se trata apenas de um site de vendas. Todo e-commerce é uma loja virtual também, mas há outros tipos.
Um site é o que logo vem à nossa mente quando pensamos no que é e-commerce. Semelhante à uma loja física, as lojas virtuais concentram toda a experiência digital de vendas, ou seja, é onde o cliente navega por categorias, analisa as opções, compara os produtos, tira as dúvidas e realiza o pagamento.
O aplicativo é um tipo de e-commerce com a mesma essência do site tradicional, ou seja, também representa uma experiência de compra completa. A diferença é a otimização do app para dispositivos móveis.
Apesar de o cliente conseguir acessar o site pelo celular ou tablet, ele terá uma experiência melhor no dispositivo móvel se utilizar o aplicativo da loja, pois usufruirá de uma UI especificamente projetada para telas menores e navegação com o dedo.
A agilidade dessa navegação, inclusive, é bem melhor no aplicativo em comparação à versão mobile do site, sem contar que o app tem recursos como notificações push, acesso offline e integração com funcionalidades do dispositivo (como o GPS, possibilitando à loja o Geofencing — ações de marketing que entram em ação conforme a localização do usuário).
Sabe aquele vendedor que não tem site nem aplicativo, mas há anos vende individualmente pelo WhatsApp? Pois saiba que a operação dele também é caracterizada como e-commerce. Lembra da definição do que é e-commerce? “Refere-se, basicamente, às transações de compra e venda realizadas pela internet”. Então, não podemos dizer que um modelo de negócio baseado em vendas pelo WhatsApp não seja um e-commerce.
E hoje os mensageiros cada vez mais contam com recursos voltados a vendas. Com o WhatsApp Business, por exemplo, você pode exibir catálogos e enviar e receber pagamentos pelo Meta Pay. Na China, o WeChat vai além e permite a criação de lojas inteiras dentro do aplicativo.
Marketplaces são sites onde milhares de lojistas listam seus produtos, como um shopping virtual. O maior marketplace do Brasil e da América Latina é o Mercado Livre, com mais de 200 milhões de usuários únicos ativos.
A maior vantagem de atuar em marketplace é embarcar na visibilidade e credibilidade de grandes players (Submarino, Americanas, Mercado Livre, Magazine Luiza, Dafiti, etc.). Isso com zero investimento inicial para integrar o time de parceiros. Vale destacar que essas plataformas costumam ter interface bastante intuitiva e fácil de operar.
Grande parte dos marketplaces possui parceria com os Correios e outras empresas de logística para reduzir os custos de entrega. Além disso, em alguns casos o seller pode contar com serviço de armazenamento e entrega próprios do marketplace.
O que pode ser visto como desvantagem é a cobrança de comissões sobre as vendas. Enquanto no e-commerce próprio há maior taxa de lucro, no marketplace as comissões podem chegar a até 21%, como é o caso das Casas Bahia. Além disso, alguns marketplaces cobram mensalidades.
Conforme você começa a entender o que é e-commerce, surge a dúvida sobre a diferença entre os marketplaces e as lojas virtuais tradicionais. Os marketplaces, como você viu, são plataformas completas em infraestrutura, ferramentas e tráfego onde diversos vendedores expõem seus produtos, enquanto a loja virtual é um espaço digital exclusivo para os produtos da sua loja.
Porém, uma loja virtual própria requer maior investimento inicial. Você precisa contratar uma plataforma de vendas, hospedagem, sistemas de segurança e pagamentos, etc., ou seja, toda a estrutura do canal é por sua conta. Tudo é personalizável, mas tem seu custo. Além disso, é preciso fazer um investimento maior em marketing digital (Google, redes sociais, YouTube) para tornar a loja conhecida entre os usuários.
Segundo a Conversion, o Mercado Livre é o maior marketplace do Brasil. A lista posiciona os principais marketplaces do brasil na seguinte ordem:
Usadas por freelancers em modelo C2B (falaremos sobre esses modelos a seguir), as plataformas permitem que pessoas físicas vendam produtos ou serviços a empresas. Fiverr, Upwork e Freelancer.com.br são alguns exemplos desse tipo de e-commerce.
Até aqui você conseguiu entender o que é e-commerce e como ele é mais amplo do que, apenas, um site de vendas. Mas independente do tipo do e-commerce, os modelos de negócio tradicionais do mercado também se aplicam aqui.
A seguir, detalhamos os 7 principais modelos de negócios para vendas online.
O modelo Business to Business envolve transações comerciais entre empresas. Nesse formato, uma empresa vende produtos ou serviços para outra empresa, como fornecedores vendendo matérias-primas para fabricantes ou atacadistas fornecendo produtos para varejistas.
E-commerces B2B geralmente não exibem os preços dos seus produtos, pois não é de interesse do público geral. Sendo assim, as empresas interessadas precisam se cadastrar na loja virtual e aguardar a liberação por um consultor.
O Business to Consumer é o modelo mais comum de e-commerce, onde empresas vendem diretamente para o consumidor final. São lojas virtuais de roupas, eletrônicos, alimentos, etc. O B2C foca em experiência do usuário, marketing digital e logística eficientes para manter uma boa reputação no mercado — isso é crucial para o B2C, já que o seu público-alvo é o mais amplo entre os modelos.
Não tem como falar sobre o que é e-commerce sem citar este modelo. No C2C, consumidores vendem diretamente para outros consumidores por meio de plataformas como a OLX. É um modelo popular para a venda de itens de segunda mão e colecionáveis.
O Direct to Consumer permite que fabricantes ou marcas vendam diretamente ao consumidor final, eliminando intermediários. Isso proporciona maior controle sobre a marca, preços e relacionamento com o cliente. É um modelo muito comum para marcas de moda, que vendem seus itens exclusivamente por meio de seus sites.
O Business to Government envolve transações comerciais entre empresas e governos, em que a primeira fornece produtos ou serviços por meio de licitações e contratos públicos. Aqui no Brasil, a operacionalização acontece pela plataforma Compras.gov.br. Os lojistas credenciados a utilizam para procurar licitações de seus interesses, ler os editais e enviar suas propostas.
No modelo Consumer to Business, pessoas físicas oferecem produtos ou serviços para empresas. Podemos exemplificar com um fotógrafo freelancer não formalizado que vende suas fotos para uma empresa através através de plataformas digitais como Fiverr e Upwork — o que caracteriza a operação como e-commerce.
Porém, a partir do momento que o freelancer se formaliza como empresa, ele deixa de ser C2B e passa ao B2B.
O Business to Employee refere-se a transações entre empresas e seus funcionários. Elas oferecem produtos ou serviços a preços especiais para seus colaboradores por meio de plataformas digitais.
Um exemplo disso é a plataforma do ClubeBen. As empresas contratam o ClubeBen para fornecer benefícios de diversas marcas (como cupons de descontos) aos seus funcionários. Cada colaborador, então, utiliza uma plataforma digital específica para navegar entre as marcas e resgatar os benefícios.
O uso da internet está intrínseco na nossa sociedade. Não é mais possível viver sem a internet porque ela é um resultado da evolução tecnológica, que não regride. Foi natural, portanto, o surgimento de uma solução óbvia de vendas online, que hoje se desdobrou em tantos tipos de e-commerce como falamos até aqui.
O e-commerce, portanto, traz benefícios tanto para empresas quanto para consumidores, já que é um meio de compra e venda que usa uma ferramenta que todos usam. Confira alguns a seguir.
Para entender por completo o que é e-commerce, você também precisa saber esta abordagem das vendas online. O e-commerce multicanal é uma estratégia de vendas em que uma loja vende seus produtos ou serviços através de múltiplos canais digitais simultaneamente. Uma estratégia multicanal pode incluir:
Isso não é a mesma coisa que E-commerce Omnichannel. No multicanal, um e-commerce, simplesmente, está presente em vários canais de vendas, enquanto no omni todos os múltiplos canais estão integrados.
A adoção desta estratégia traz benefícios significativos. O maior alcance de público é o principal deles. Diferentes consumidores preferem diferentes canais de compra, então ao estar presente em múltiplos canais você consegue alcançá-los e, consequentemente, aumentar a visibilidade da sua marca.
Cada canal é diferente, mesmo que todos sejam tipos de e-commerce. Ao possuir uma operação de e-commerce multicanal, você poderá experimentar estratégias distintas de marketing e vendas, o que gerará mais insights sobre as preferências e hábitos dos clientes.
Agora que você sabe bem o que é e-commerce e conhece seus tipos, já pode começar a criar sua loja virtual. Separamos os passos a seguir para te guiar no processo:
É indispensável ter estratégias de marketing digital que façam seu e-commerce ser notado pelas pessoas do seu público-alvo que estão na internet. Veja algumas estratégias que separamos.
Otimize sua loja para mecanismos de busca, utilizando palavras-chave relevantes, descrições de produtos detalhadas e conteúdo de qualidade para melhorar o posicionamento orgânico.
Crie e compartilhe conteúdo relevante, como blogs, vídeos e infográficos, que eduquem e engajem seu público-alvo, estabelecendo sua autoridade no mercado.
Invista em campanhas pagas para alcançar um público maior e aumentar as vendas. Plataformas como Google Ads e Facebook Ads permitem segmentação detalhada, garantindo que seus anúncios alcancem clientes em potencial de forma eficaz.
Utilize estratégias de e-mail marketing para manter contato com clientes, enviando promoções, novidades e conteúdos personalizados. A automação ajuda a segmentar o público e otimizar a conversão.
Aproveite o potencial das redes sociais para divulgar produtos, interagir com clientes e fortalecer sua marca. Estratégias como anúncios patrocinados, parcerias com influenciadores e criação de conteúdos virais podem impulsionar as vendas.
Não apenas é possível como também é necessário simplificar a gestão da sua loja virtual. Você pode iniciar uma operação com pouco sortimento de produtos, equipe enxuta e baixo orçamento, mas com boas estratégias pode chegar muito longe.
O dia a dia de um e-commerce exige olhar atento e analítico. Acompanhe métricas, feedbacks, estudos de mercado e tendências de consumo. Conforme seus negócios online forem crescendo, comece a investir em soluções tecnológicas como ERP (sistema de gestão), Hub (integrador de marketplaces) entre outros softwares que ajudam a tornar as tarefas mais ágeis e precisas.
A Ideris é um integrador de marketplaces que centraliza operações em múltiplos canais de vendas. Ao integrar marketplaces, lojas virtuais, ERPs e sistemas de frete, nossa ferramenta permite que empresas de todos os portes escalem com facilidade as vendas em todos os tipos e e-commerces.
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