O que é mobile commerce e como desenvolvê-lo?

18/06/2021

Se há algum tempo possuir um site responsivo para as diferentes telas (computador, smartphones e tablets) era um diferencial, hoje desenvolver uma página que favoreça o mobile commerce é um pré-requisito para ter vida longa nesse meio. A maioria das pessoas consome conteúdo na internet por meio de toques nas telas móveis, resultando até na atualização Mobile Friendly nos algoritmos do Google, em 2015, para privilegiar as melhores páginas nesse sentido.

Os smartphones levaram a internet para quase todo mundo – e de forma muito rápida. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGF), o Brasil atingiu a taxa de 1 smartphone por habitante no ano de 2017. Esse dado não indica necessariamente que todos os habitantes possuíam um aparelho, mas evidencia a invasão mobile.

Além dos smartphones, os tablets também ocupam uma importante parcela de uso dos aparelhos portáteis. Conforme os dados do IDC Brasil, a projeção de crescimento para o mercado de tablets é de 24% ainda em 2021 – essa demanda é impulsionada, sobretudo, por projetos públicos e privados voltados à educação.

Atualmente, os números são ainda mais impressionantes. Em janeiro de 2021, no Brasil, foram mais de 205 milhões de conexões móveis, segundo o DataReportal. Ou seja, o equivalente a 96,3% do total da população brasileira. Já em relação aos usuários que navegam na internet exclusivamente por dispositivos móveis (Mobile Only), esse número chega a 29%, de acordo com o estudo The Global Mobile Report.

Agora que você já conhece a realidade brasileira sobre o uso de aparelhos móveis para acessar à internet, e a sua evolução ao longo do tempo, que tal aprender mais sobre mobile commerce para desenvolvê-lo para o seu e-commerce?

O que é mobile commerce?

Esse termo se refere às compras online feitas pelo smartphone ou pelo tablet. Se você agora está se perguntando sobre o que é m-commerce, a resposta é a mesma. Ou seja, mesmo que você ainda não tenha ouvido falar especificamente sobre o termo, ele já faz parte do dia a dia de quem atua no e-commerce. 

O estudo da MindMiners sobre o futuro do varejo comprovou através dos números a importância que o mobile commerce tem: 62% dos usuários de smartphone já realizaram uma compra online utilizando o aparelho. 

Se o e-commerce atingiu uma marca histórica em 2020 – mais de R$ 87 bilhões em vendas -, o m-commerce foi responsável por R$ 45,9 bilhões em faturamento, de acordo com os dados do relatório Webshoppers 43ª edição da Ebit|Nielsen. O resultado foi 78% maior do que o verificado em 2019 e 176% maior em relação a 2018. 

Nunca foi tão importante construir uma estratégia “Mobile First”, através da qual os esforços e a prioridade são direcionadas para o mobile. 

Mobile commerce: os principais benefícios e características

O uso de dispositivos móveis ampliou as possibilidades, tanto para quem vende quanto para quem compra. De modo geral, essas novas conexões geram oportunidades para os vendedores mais atentos. Abaixo, conheça alguns dos benefícios ao se preparar para o m-commerce.

Praticidade para comprar

Hoje, as pessoas se sentem seguras para comprar online e desejam agilidade para garantir a compra. E isso é uma das principais vantagens de comprar em aplicativos móveis: em qualquer lugar e a qualquer momento é possível consumir. As constantes evoluções na conexão de internet móvel (como 3G, 4G e 5G) ajudaram a expandir essa possibilidade. 

O m-commerce ajuda a vender mais

Como escrito anteriormente, o faturamento em 2020 cresceu 78% em relação a 2019, de acordo com a Webshoppers da Ebit|Nielsen. Estar fora dos aplicativos móveis é deixar de lado uma enorme parcela de compradores – e que não para de crescer. Hoje, quase 30% dos usuários brasileiros navegam na internet exclusivamente pelos aplicativos móveis. O presente e o futuro estão no mobile.

É útil até para as lojas físicas

O estudo da MindMiners sobre o futuro do varejo revelou que 67% dos usuários já usaram o smartphone no interior de uma loja física para comparar preços do produto. Se por um lado revela um desafio para vender, por outro é uma oportunidade para mostrar fisicamente o produto e aproveitar o desejo já existente no cliente que visita a sua loja.

Os aparelhos móveis permitem comparar preços em tempo real, mesmo dentro das lojas físicas

Melhor experiência de compra

As pessoas utilizam o smartphone ou o tablet durante muitas horas do dia. Estão acostumadas com essas ferramentas. Com um site responsivo, que permite realizar a compra com poucos cliques e com segurança, ou ainda por meio de um aplicativo, a experiência de compra melhora significativamente. Essa característica também contribui para que os seus produtos sejam vendidos online.

O que é preciso para entrar de cabeça no mobile commerce?

Engana-se quem acha que é obrigatório investir na produção de um aplicativo para ter sucesso no m-commerce. Ele, com certeza, impacta positivamente no intuito de oferecer uma boa experiência de compra. É um ambiente seguro para os clientes e também é uma forma de reforçar a sua marca. E quem vende em grandes marketplaces já tem os seus produtos expostos via app.

Agora, se você ainda não tem condições ou até mesmo interesse em produzir um app próprio, você precisa garantir que a página da sua loja virtual seja responsiva. Dessa forma, o seu site estará apto para ser acessado com qualidade nas diferentes telas portáteis, pavimentando o caminho para uma boa experiência de compra. Uma funcionalidade que tem mostrado grandes resultados para o m-commerce, por exemplo, é o botão “compre com um clique”, que acelera a jornada de compra.

Outro fator importante para o ranqueamento do Google é a velocidade com a qual o seu site é carregado, especialmente quando falamos em internet móvel, na qual os dados são importantes. De toda forma, caso você ainda não tenha percebido, a boa experiência de compra é o carro-chefe para garantir o sucesso do seu negócio nos dispositivos móveis.

Os números, ano após ano, revelam como o apelo em relação ao m-commerce tem crescido. As novas gerações, cada vez mais mobile e conectadas, indicam que o uso de smartphones e tablets não vai diminuir. Pelo contrário, é o destino para a maioria das futuras conexões. Portanto, trabalhar com e-commerce é trabalhar também com m-commerce.

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